Gilberto Barros - Discografia

Gilberto começou sua carreira de cantor aos 13 anos em bailes de carnaval, da banda da cidade de Flórida Paulista. 

Foi fazendo essas participações em bailes que Gilberto foi pegando a experiência e segurança em cima do palco. Ao cursar a Faculdade de Engenharia em Lins, interior de São Paulo, apresentava bailes de formatura e carnaval para aumentar o seu orçamento e ajudar a pagar os estudos. Desde então não parou mais. Quando chegou a São Paulo, fazia em média 12 shows por mês em bailes de forró. No começo as apresentações eram acompanhadas por bailarinas, mais tarde com uma banda ao vivo. Paralelamente aos shows, sua carreira de incrível sucesso como radialista possibilitava abrir as portas para novos vôos e os recursos suficientes para viabilizar um antigo sonho: o de gravar o seu primeiro LP. O disco tem como título o bordão que Gilberto usava na Rádio Globo: Me Faz Um Carinho, gravado em 1988 pelo selo "Comep/CSP Records" e tem exatamente o jeito de ser do Gilberto. 

As músicas falam sobre a família, religião, sua crença por um mundo melhor e especialmente a intensa inspiração do amor que sente por seu filho. A capa não poderia ser outra: o Gilberto Barros (babando de amor) ao lado do filhão. Alguns títulos do álbum: Você já abraçou seu filho hoje?, Pai, Sukatinha (que é a expressão carinhosa que Gilberto usa quando se refere as crianças), Um mundo melhor pro meu filho, "Meu filho estranho (La Llamada)". Na parte musical, participações valiosas de Sérgio Reis, Moacir Franco, O Grupo Infantil Chocolate. Algumas das composições são de autoria do próprio Gilberto Barros em parceria com outros autores.

O disco que inicialmente não tinha a pretensão de se tornar um sucesso comercial, foi imediatamente apreciado e se tornou um sucesso especialmente perante aos ouvintes que já o acompanhavam diariamente em seu programa na Rádio Globo. Tamanho incentivo e admiração foi a semente que motivou a viabilização de dois grandes projetos decisivos em sua carreira: o lançamento em 1991 de Gilberto Barros, seu segundo LP e a possibilidade de tornar real seu maior e antigo: o Projeto Carinho, onde conseguiu unir duas de suas paixões na vida: a de cantar e a de verter seu trabalho em prol da filantropia, da solidariedade. Este projeto foi criado pela "Carinho Produções", sua empresa, para levantar fundos através de parte da renda da bilheteria à grupos de assistência às crianças carentes. Os shows sempre aconteciam com a participação de amigos como Chitãozinho e Xororó, Gian e Giovani, Cristian e Ralf, entre outros. Alguns shows atingiram a presença de mais de setenta mil pessoas. Nos shows, Gilberto apresentava seu trabalho como intérprete e compositor com o repertório de seus álbuns.

O segundo LP, sob o crédito do selo Copacabana, é um disco alegre, pra cima e teve a produção mais apurada que o primeiro. O repertório mais quente e sensual apresenta o lançamento de Gilberto perante o mercado popular . O disco contou com a sempre participação de Sérgio Reis e do grupo As Marcianas. Sete das doze faixas do LP foram compostas por Gilberto em parceria com outros compositores, fruto de como Gilberto vai fundo a cada novo desafio que encontra pela frente. Sua interpretação se torna mais segura comparada ao primeiro LP, definindo seu próprio estilo. O Leão definitivamente solta a voz e a alma.

Em virtude das boas vendagens do segundo disco, foi um pequeno passo para Gilberto chamar a atenção do mercado fonográfico e fechar o contrato com a com a RGE: o LP Feito de Amor, em 1992, é um marco na carreira de Gilberto devido a consequência do amadurecimento de sua interpretação cada vez mais bela e técnica, da produção caprichada (tanto a instrumentação quanto o repertório com "clássicos" da música popular, com composições de Moacir Franco, José Augusto e a versão de Reginaldo Rossi, que dá o nome a obra). Destaque para as três composições de Gilberto cada vez mais divertidas, inteligentes e apaixonadas, sendo duas delas em parceria com Elias Muniz e a outra com João Viola. 

Anjo da Manhã, o quarto LP (e primeiro na versão em CD) de Gilberto Barros foi lançado pelo selo RCR e traz a faixa título e música de trabalho a versão de "Angel of the morning", canção pop americana consagrada especialmente na interpretação de Olivia Newton John. Comparativamente aos álbuns anteriores, a obra é fiel a proposta popular que marca a identidade da obra de Gilberto junto a seu público. Em algumas faixas os arranjos são substituídos por uma roupagem que flerta com o pop. Agora íntimo do microfone e à vontade para brincar com sua interpretação progressivamente mais criativa, faz do disco uma delícia. Seguindo a tradição dos discos anteriores, cinco das composições são assinadas por Gilberto em parceria. O álbum teve uma nova reedição em CD pelo selo Máxima Records no final do ano de 2001 com a capa ligeiramente alterada. 

De volta ao selo Copacabana, o CD Fera é indiscutivelmente o melhor álbum de sua carreira e um prenúncio de novidades e gratas surpresas na vida de Gilberto Barros. O CD teve a prestigiosa participação de uma constelação de amigos e estrelas da música sertaneja:os amigos Chrystian e Ralf, Barrerito, Matogrosso, o legendário Tinoco, e o eterno parceiro Sérgio Reis. Gilberto agora é fera e arrasa na interpretação, em especial em Vai ter que pintar, Não somos nada (versão pop reggae do próprio Gilberto para No somos nada de Aníbal Pastor) e No vento sem documento (outra versão dele em parceria de Chrystian). Imperdível. O CD ainda pode ser encontrado à venda em algumas lojas em São Paulo. 

O Leão lança seu primeiro CD voltado para as crianças, o Chicauaca Chicabum. Um CD com músicas divertidas típicas dos acampamentos de escoteiros interpretadas por Gilberto Barros. O repertório desse CD agrada tanto às crianças quanto aos mais velhos e é garantia de alegria para qualquer momento. 



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